Portugal, Abril de 2004

Ok, faz tempo que não dou notícias, então agora sabem que em Abril (10 a 24) fiz uma viagem a Portugal em que visitei o Algarve, Lisboa e o Porto. Cheguei a Faro e aluguei um carro - não pensem que me tornei riquíssimo: o carro foi incluído no voo. Já sabia que o Andrea estava em Marrocos com uma amiga, e antes de partir para o Porto (o meu destino principal, claro) queria passar uns dias lá, esperando pelo Andrea e ir com ele a Lisboa e para o Porto. Ah sim, Lisboa tinha que ser porque a Inés e a Mariola estavam lá, a visitar a Carmen, a irmã da Inés, que lá faz Erasmus.
Então, passei quatro dias no Algarve, com o carro passeei pela costa inteira, do Cabo São Vicente a Vila Real de Santo António. Há coisas muito fixes, p.e. a Ponta da Piedade (sul de Lagos) com as rochas em formas muito engraçadas ou o pôr do sol no Cabo São Vicente, o ponto mais sudoeste da Europa continental. Mas também há coisas preocupantes, especialmente a destruição da natureza, são construídas cada vez mais apartamentos de férias e hotéis.

      
Mercado de Loulé
  
Cartazes do Bloco de Esquerda
  
Na Fóia, a montanha mais alta do Algarve (902 m)
    
Pôr do sol no Cabo São Vicente
  
Natureza, mas quanto tempo ainda?
  
Na Praia do Castelejo
      
  
Lagos; Ponta da Piedade (com a cabeça de King Kong e a Rainha da Inglaterra)
      
    
    
Cidade e Praia de Tavira (a ponte e a Ponte Romana); em baixo a aldeia Moinho da Rocha com um pequeno lago
    
Em Castro Marim, uma pequena vila tranquila, perto de Vila Real de St.º António

Depois finalmente encontrei o Andrea. Graças ao carro, pude ir a Espanha, a Huelva, buscá-lo - ele já esteve tarde e já nã conseguiu apanhar um autocarro para Portugal. Foi muito fixe, vê-lo, mesmo que tenha sido já a quarta fez depois do Erasmus que o vejo. Que continuaço de Erasmus! A amiga do Andrea era a Julia, uma alemã, e os dois contaram-me muitas coisas da viagem deles a Marrocos, p.e. que a "Fátima" (Julia) é que sempre compra as laranjas e eu soube que o Andrea não sabe nada negociar preços nos mercados...
Já era tarde e quisemos economizar dinheiro, decidimos que íamos dormir na praia. Mas o Algarve à noite não é o lugar mais fácil para encontrar um lugar tranquilo (especialmente na parte para o oeste de Faro aonde já tínhamos chegado conversando todo o tempo). Ou são cavernas duvidosas ou a estrada chega em cima duma rocha e não há descida. Finalmente resolvemos ir à Meia Praia perto de Lagos que eu já conhecia e que é larga, comprida e fácil de encontrar. Comemos um pouco, bebemos um vinho e fomos dormir.

  
Dormir e acordar na praia: Julia e Andrea

Que horror duma noite, frio pró caralho! Só depois do nascer do sol consegui dormir... Mas a manhã estava bonita e quente, eu fui ao mar, e até o Andrea que não gosta tanto da água fria como eu tomou um banho.
À tarde chegámos em Lisboa - realmente difícil o trânsito lá, depois de três horas tranquilas na nova autoestrada. Encontrámos as meninas na Praça da Figueira, a Inés e a Mariola são as mesmas que eram em 2001, embora a Mariola para mim, no primeiro momento, pareceu muito "dama" por causa do casaco elegante. Esperámos pelo eléctrico para a Alfama onde passeámos um pouco, partilhei uma tosta mista com a Mariola que sonhou muito duma francesinha, coisa que a Inés achou ridículo em Lisboa - ela, no entanto sonha sempre de viver durante um tempo no Brasil o que a Mariola acha chato. Muito engraçado, acho eu como todos os outros - menos as próprias meninas que são ligadas numa amizade muito especial...

      
      
      
Em Lisboa com a Inés, a Mariola e a Carmen

Jantámos todos no Bairro Alto, e fomos ao café "Brasileira" aonde costumava ir Fernando Pessoa. Mas não tivemos tempo para passar mais tempo lá nem em Lisboa, não tinha espaço na residência da Carmen para nós, e como o Andrea portuense tinha já tantas saudades do Porto, continuámos na mesma noite para o Porto. Pena que as não tinham tempo para ir connosco ao Porto, fico com tanta vontade de passar mais tempo com elas, talvez em breve, na terra delas!
Mais umas quatro horas de viagem de carro, ainda bem que a Julia conversou um pouco comigo, assim não adormeci e também soube melhor como ela chegou no Porto (através dum programa da cidade de Berlim que mandam jovens desempregados para o estrangeiro para tentarem abrir um próprio negócio - mais ou menos isso - as outras alemãs fazem o mesmo programa). Atravessámos a Ponte da Arrábida às três da manhã (ou algo assim), todos bastante cansados, o Andrea já não tanto, depois de acordar-se mesmo em frente da casa dele, no momento de chegar.

      
A casa na Rua do Breyner; Rocio e Andrea; Julia, Marta, Rocio; Andrea
      
  
Andrea e Julia; Danni; Andrea; Andrea e Marta; Andrea; festa
      
      
        
Na cozinha: o Andrea a vestir a Marta como árabe com o seu lenço azul; no fundo a mulher da limpeza; Julia e Marta; Como chegar da Cordoaria á casa do Andrea? (cuidado: GIF animado de 3,4 MB!)
  
Os cães da casa: Calem e Otto; Otto a dormir

Já conheci na mesma noite um pouco da célebre casa do Andrea, na rua do Breyner: a grande cozinha, a grande sala de festas famosas (que acabaram de ser proibidas pela polícia porque venderam bebidas sem licença), os dois andares com dois corredores em cada um com quartos enormos (20 em total) e algumas das pessoas que lá moram. Mesmo um palácio, e com certeza uma casa óptima para voltar depois de trabalhar ou estudar.
Nos dias seguintes, fiz muitos passeios, na maioria das vezes sozinho, levantei-me mais cedo do que os outros - ou mais tarde - poucas vezes encontrei os outros residentes da casa de manhã. O Andrea teve ainda uns trabalhos para terminar o seu estágio. Parece-me que o Andrea não sabia se gostou do estágio ou não. Houve algumas coisas chatas que me contou sobre o estágio mas eu penso que ele aprendeu algumas coisas e, ao mínimo, passou um óptimo tempo no Porto. E quanto à chatice do trabalho: é chato na maioria das situações. Digo eu, e diz o partido anarquista alemão: "Trabalho é merda." - "Arbeit ist Scheiße." (no apartamento do Thilo em Magdeburgo tinha um cartaz deles, provavelmente ele é também simpatizante).

      
  
  
      
      
      
      
  

Fiz um grande passeio pela Ribeira (começou com chuva), a Gaia e voltei através da nova Ponte do Infante (o que o Romá me pediu). Daquela ponte tem vistas inéditas sobre o Douro. No tabuleiro superior da Ponte D. Luís vai circular o Metro (há três anos tinha ainda carros). Vê-se também a entrada do túnel no lado do Porto onde o metro vai passar para chegar na estação subterrânea de S. Bento).
      
      
Já funciona uma pequena parte da rede do metro. A Casa da Música está ainda em obras...
      
    
O novo Estádio do Dragão - "para o inglês ver"; eu com a Liliana, uma amiga que conheci em 2001; Muro dos Bacalhoeiros (cuidado: GIF animado de 599 KB!); Galão e tosta mista

Algumas coisas mudaram no Porto. Como eu não fui ao Porto desde 2001, deu mesmo para ver as diferenças: fecharam muitos buracos (e abriram alguns outros). Como vêm nas fotos, a área da Praça Carlos Alberto, do Piolho e da Cordoaria está bem feita agora, também o metro já funciona parcialmente. A Casa da Música é uma estória infinita, parece que vai demorar ainda uns meses para ela ficar pronta (desculpa, Ro, por não ter notícias melhores).

    
      

  
Edifício da antiga Faculdade de Engenharia; Rio de Cedofeita (desagradável quando está a chover, em 2001 como em 2004), Torrinha!!!, Praçca Carlos Alberto; Praça dos Leões; Piolho; Faculdade de Ciências; Vista da Rua da Madeira; Câmara municipal à noite
      
      
Parque do Palácio de Cristal; Rua da Restauração; Solar do Vinho do Porto; Marginal; Foz
      
    
  
Torre dos Clérigos

Uma coisa muito boa foi que também chegou a família do Andrea, os pais, os dois irmãos e até o cão Pablo. Fizeram o caminho desde a Itália de caravan. Com toda a famiglia Stieven fiz um passeio, pela Ribeira, pela Sé, a Praça da Batalha, a rever mais lugares onde, há três anos, nós passávamos tantas vezes. O Pablo ficou maluco, nã tendo estado nunca numa grande cidade, com todos estes cheiros e outros cães por toda a parte (ó, Andrea, mas não deves chamar-lhe "cão de merda"! - mas "mal-educado" é provavelmente...)
E claro, saímos também, mas quase não há fotos disso.

      
    
Com a família do Andrea na Ribeira (com o cão Pablo); Igreja de St.º Ildefonso; Rua de Santa Catarina
      

Na Livraria Lello
  
No pátio da casa do Andrea: Danni e Andrea com o Pablo (Pablo com medo dos outros cães da casa...); Andrea (menina alemã com Otto)
      

No Piolho: Gabriele; Valentino; Rocio; Andrea

Realmente foi bastante curta a viagem - fizemos mais uma última grande festa (para o Andrea) onde encontrei a Graça e a Rosa (com a Graça tinha encontrado já antes uma noite no ContagiArte, um novo bar na Rua Álvares Cabral, um dos lugares com ambições artísticas). Mesmo se foi curta a viagem, tenho certeza que vejo estes amigos, aqui presentes nas fotos, mais vezes, o Andrea provavelmente já em breve. E quero ver o resto de você também!

        
    
No Piolho: Gabriele; Valentino; Rocio; Andrea
        

Igreja de S. Francisco (ei, brasileiros: o Joaquim e o Manoel já morreram!); Andrea e Julia
      
        

Foz: o último pôr do sol (depois duma jantar no caravan dos Stieven (grazie mille a mamma do Andrea!) e uma francesinha com a Graça voltei de carro para Faro, cheio de pressa, para apanhar o meu voo às 7h da manhã)

Até à próxima. Um grande abraço!!!
Frank